Resumo
Globalização, tecnologia e mudanças sociais têm contribuído para a emergência de novos mercados e competidores, gerando maior competitividade. Em contrapartida, exige-se das pessoas flexibilidade para adaptação às constantes mudanças, e minimização de apego a situações passadas. Entretanto, as rupturas exigidas em mudanças podem ser percebidas como mortes simbólicas, face à sua condição de irreversibilidade aos estados anteriores; isto gera estados de luto dentre os envolvidos. Partindo da abordagem etológica em relação ao luto, este estudo analisa a existência de estado de luto junto a 400 funcionários de um banco estatal após um grande processo de reestruturação. O estudo foi feito três anos após as mudanças, vez que após este tempo o sentimento de luto pelas perdas já deveria ter dado lugar a processos de recuperação, com predominância de estados de ânimo positivos. Os dados sugerem a existência de estado de luto patológico, com forte apego às situações anteriores à mudança. Isto sinaliza que não basta preparar pessoas para as mudanças organizacionais que estão por vir e que são inevitáveis. É preciso dar condição às pessoas para que elaborem o sentimento de perda de situações que existiram e fizeram parte de suas vidas. É preciso dar-lhes oportunidade de “despedir-se” do passado para então poder aderir ao novo.
Palavras-chave: Mudanças organizacionais. Apego e perda. Situações de mudança.
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