Resumo
A literatura sobre grupos estratégicos não parece oferecer ainda uma base teórica sólida o suficiente para fundamentar a própria existência dos grupos estratégicos e seus efeitos na conduta e nos resultados das empresas. A validação empírica da existência dos grupos estratégicos foi realizada a partir do contraste entre a validade preditiva dos mesmos e a sua performance. Porém os resultados obtidos foram contraditórios. Outros trabalhos optaram por contrastar a validade convergente do construto, utilizando múltiplas definições e medidas. Nosso trabalho emoldura-se nessa segunda linha de atuação e trata de avançar na elaboração de um modelo teórico capaz de definir as características dos setores que afetam a probabilidade de existirem grupos estratégicos com maior ou menor valor preditivo. A partir de uma proposta para definições de grupo estratégico, com diferentes níveis de fortaleza, fizemos a análise de convergência no setor espanhol de fabricantes de lâmpadas e aparelhos de iluminação. O input dessa análise convergente está constituído por definições de grupo estratégico oferecidas pelas três principais tradições teóricas do estudo do fenômeno: a abordagem do posicionamento estratégico, a abordagem dos recursos e capacidades e a psicologia cognitiva. Os resultados apontam o cumprimento da definição débil de grupo estratégico, o que implica que não existe una identidade de grupo suficientemente forte capaz para convertê-lo em ponto de referência estratégico suscetível de afetar a conduta e, portanto, os resultados das empresas que o formam.
Palavras-chave: Grupo estratégico. Grupo cognitivo. Grupo competitivo. Análise convergente. Valor explicativo.
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