Isomorfismo e Controle Institucional em uma Planta Modular da Indústria Automobilística
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Palavras-chave

Isomorfismo institucional. Campos. Controle. Redes e relações. interorganizacionais.

Como Citar

Sacomano Neto, M., Truzzi, O. M. S., & Kirschbaum, C. (2013). Isomorfismo e Controle Institucional em uma Planta Modular da Indústria Automobilística. RBGN - Revista Brasileira De Gestão De Negócios, 15(49), 524–544. https://doi.org/10.7819/rbgn.v15i49.1585

Resumo

Diversos estudos têm abordado como as formas de coordenação são condicionadas por mecanismos sociais, como confiança, reciprocidade, controle, cooperação e cópia. Esse nível de análise é uma crítica à tradição utilitarista, que pressupõe o comportamento econômico minimamente afetado pelos relacionamentos e pela estrutura social. Em contrapartida, na perspectiva institucional e na sociologia econômica, o comportamento econômico está imerso nas relações sociais, em que estão presentes o controle, o isomorfismo e a homogeneidade das formas organizacionais. Nesse sentido, este artigo analisa como o isomorfismo (mimético, normativo e coercitivo) e a capacidade de controle suportam uma estrutura de coordenação coesa e estável entre as empresas de uma planta modular da indústria automotiva. Ao conciliar o isomorfismo e o controle, combinam-se duas perspectivas institucionais de campo, distintas, porém complementares: 1) a primeira perspectiva de campo, entendida como a totalidade dos atores relevantes, em que se constroem significados comuns; e 2) a segunda perspectiva de campo, entendida como uma esfera institucional de interesses com disputas de poder. A pesquisa é de natureza exploratória, descritiva, baseada em estudo de caso e entrevistas com o diretor de produção da montadora e com outros dois diretores de produção dos fornecedores modulistas. Alguns resultados da pesquisa mostram como a montadora emprega mecanismos e rotinas altamente institucionalizadas, capazes de controlar e homogeneizar o comportamento e o desempenho dos fornecedores de autopeças. Esses mecanismos não se limitam tão somente aos aspectos formais das relações, mas também aos aspectos informais (relações, confiança, normas etc.), capazes de institucionalizar diversas das práticas produtivas e de estabilizar as relações na coordenação das atividades da planta. O artigo lança a atenção para o paradoxo da agência socialmente imersa, o controle e a homogeneidade presente nas relações interorganizacionais. O artigo também contribui para o entendimento de como os aspectos socialmente imersos estão presentes nos processos de coordenação entre as empresas.
https://doi.org/10.7819/rbgn.v15i49.1585
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