Resumo
A gestão de parques de ciência é um fator estratégico para as universidades e tem um efeito sinérgico para as empresas neles instaladas. Os gestores dos parques têm de decidir, entre outras coisas, se incentivam a criação de novas spin-offs acadêmicas, se investem em empresas de tecnologia ou se fortalecem start-ups já instaladas no parque, uma vez terminado o período de incubação. Essas decisões têm um impacto direto na capacidade de financiamento da universidade. A qualidade das decisões tomadas, bem como o risco associado, dependerá das ferramentas que estão disponíveis para os gestores do parque. Cada parque, no entanto, possui características e encontra-se em uma situação particular. Por isso, os gestores precisam de ferramentas que se adaptem à realidade do parque, como: (1) o perfil dos empreendedores, (2) a natureza e o comportamento das empresas instaladas no parque, e (3) as inter-relações entre os diferentes atores que fazem parte do parque. Ter informações sobre a situação atual das empresas é imprescindível e facilitará os gestores do parque no processo de tomada de decisão. Com base no exposto, o presente trabalho tem como objetivo projetar e testar uma ferramenta de gestão para parques de ciência. Em seu projeto, a ferramenta considerará os critérios acima. Assim, a partir da observação e análise das empresas localizadas no parque, pretende-se identificar os fatores que afetam seu crescimento. A adequação da ferramenta foi testada no Research Park da UAB. A análise de uma amostra de empresas do parque mostrou que fatores como idade, tamanho e forma de financiamento, junto com o perfil do empreendedor e sua propensão a ter crescimento no negócio, exercem influência na expansão das empresas do parque UAB. Além disso, também pode ser destacada a utilidade que a ferramenta dá aos gestores do parque, bem como sua simplicidade, flexibilidade e adaptabilidade para ser usada com qualquer modelo de parque de ciência. Em uma época caracterizada pela falta de recursos e pela busca de fórmulas institucionais de autofinanciamento, o uso desta ferramenta de gestão pode influenciar positivamente, tornando possível descobrir oportunidades de investimento para os gestores de parques de ciência e universidades.Em caso de aprovação do artigo para publicação, os direitos de copyright são cedidos pelo(s) autor(es) à Revista Brasileira de Gestão de Negócios – RBGN.
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